Guardar o que se move, mover o que se guarda

Autores

  • Luciana Salazar Salgado

DOI:

https://doi.org/10.29147/datjournal.v8i2.686

Palavras-chave:

Digitalidade, Literatura digital, Mídium, Atlas da Literatura Digital Brasileira

Resumo

Neste artigo, explicita-se a filiação a um desenvolvimento teórico que considera a rubrica “literatura digital” como conceito, discutindo a questão técnica que está no coração de sua legitimidade. O problema da digitalidade é convocado com base numa perspectiva discursivo-midiológica, que opera com a metodologia MO/OM proposta por Régis Debray (2000). Segundo essa perspectiva, a descrição da relação entre a Matéria Organizada e a Organização Materializada possibilita que compreendamos a dinâmica sistêmica em que matrizes de sociabilidade (instituições discursivas) produzem objetos técnicos que funcionam como vetores de sensibilidade (dispositivos que suscitam disposições). Não há neutralidade na técnica: à tecnoesfera corresponde uma psicoesfera, conforme Milton Santos (2000), e o rebatimento entre essas dimensões do vivido produz escapes, derivas, transformações, pois se trata de movimento histórico, socialmente organizado, politicamente disputado. Nesses termos, o Atlas da Literatura Digital Brasileira é visto como um gesto técnico crucial para o gesto epistemológico e político que configura um Observatório.

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Biografia do Autor

Luciana Salazar Salgado

Professora dos Programas de Pós-graduação em Linguística e em Estudos de Literatura da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, atua também no Programa de Pós-graduação Culturas e Identidades Brasileiras do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo - IEB/USP. Coordena o Grupo de Pesquisa Comunica – inscrições linguísticas na comunicação (UFSCar/CEFET- -MG, CNPq), que pertence ao LABEPPE – laboratório de escritas profissionais e processos de edição (UFSCar/CEFET- -MG). É membro do Centro de Pesquisa FEsTA – Fórmulas e estereótipos: teoria e análise, sediado o Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas -Unicamp. Estuda processos editoriais, dispositivos comunicacionais e hiperdigitalização.

Referências

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Publicado

2023-06-29

Como Citar

Salazar Salgado, L. (2023). Guardar o que se move, mover o que se guarda. DAT Journal, 8(2), 172–184. https://doi.org/10.29147/datjournal.v8i2.686