O Afrofuturismo enquanto Design
DOI:
https://doi.org/10.29147/datjournal.v6i4.499Palavras-chave:
Design, Afrofuturismo, Design Afrofuturista, Capas de DiscoResumo
O artigo tem como objetivo posicionar o Afrofuturismo enquanto um projeto de design. Para tal, parte de uma tessitura das acepções de design— propostas por Cardoso, Papanek e Flusser— para contextualizar a atividade a partir da amplitude inerente ao seu conceito, aliada às definições de Afrofuturismo propostas por Yaszek e Dery, que o posicionam enquanto um movimento abrangente que emerge do encontro da tecnologia com as vivências ancestrais do povo da diáspora africana. O artigo relaciona as questões referentes à memória, passado e cultura do povo africano, fundamentando-se em Hall e Benjamin, com a criação destas possibilidades de futuros: o desenvolvimento do projeto e os artefatos materializados são a relação necessária para enquadrar o Afrofuturismo enquanto um projeto de design. Para explicitar esta relação, as capas dos discos Afrofuturistas “Space is the Place”, “The Archiandroid” e “Xenia” foram analisados pelos elementos da linguagem visual propostos por Lupton e Philips.
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