A medicalização da política ou a politização da medicina: o caso das lutas italianas no design de instituições públicas de saúde

Autores

  • Valeria Graziano
  • Maddalena Fragnito

DOI:

https://doi.org/10.29147/dat.v6i2.390

Palavras-chave:

Política de saúde, Medicina crítica, Serviço Nacional de Saúde Italiano (SSN), Medicina Democrática

Resumo

No presente artigo, refletimos sobre alguns aspectos fundamentais para o design dos sistemas públicos de saúde, retratando a história do Serviço Nacional de Saúde Italiano, ou Servizio Sanitario Nazionale (SSN), desde seu início até os dias atuais, analisando como uma série de reformas e contra-re­formas subsequentes impactaram suas funções e serviços. Nossa reflexão se baseia em uma entrevista coletiva com Fulvio Aurora, Paolo Fierro e Edoardo Turri - três membros da Medicina Democrática - que foi e continua sendo uma das organizações-chave nas lutas para manter a saúde como um valor público na Itália. Embora nosso ponto de vista sobre a questão da saúde este­ja geograficamente situado, acreditamos que uma análise do setor de saúde italiano, com seus sucessos e fracassos, pode oferecer importantes pontos de partida para identificar algumas características-chave, para moldar aborda­gens contemporâneas ao design de sistemas de saúde, que podem ser cosmo­politas em sua aplicação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Valeria Graziano

Theorist, organizer, and educator, currently a Research Asso­ciate at the Centre for Postdigital Cultu­res, Coventry University. She held BA in Fine Art and Art History (Goldsmiths Col­lege); MA in Visual Cultures (Goldsmiths College) and a Ph.D. in Critical Manage­ment Studies (Queen Mary University); Visiting Fellow at DCRL (Digital Cultures Research Lab) Leuphana University (DE) and at the John Hope Franklin Center, Duke University (USA). Her research focuses on cultural practices that foster a creative redistribution of social repro­duction, the refusal of work, and the po­liticization of pleasure. She is one of the convenors of Pirate Care (https://pirate. care), a research process focusing on col­lective learning and disobedient respon­ses to the current care crisis (2018- pre­sent).

Maddalena Fragnito

Cultural acti­vist exploring the intersections between art, transfeminisms and technologies by focusing on practices of “commoning care”. At the moment she is a Doctoral Student at Coventry University’s Centre for Postdigital Cultures.

Referências

BASAGLIA, F. L'istituzione negata. Milano: Club degli editori, 1985.

BASAGLIA, F; ONGARO BASAGLIA, F. Crimini di pace. Torino: Einaudi, 1975.

BRENNER, N. The limits to scale? Methodological reflections on scalar structuration. Progress in human geography, 2001, 25.4: 591-614.

BURGIO, E., interview with Mauro Boarelli and Enzo Ferrara. La prima sin-pandemia. Gli Asini, 29 March 2021. https://gliasinirivista.org/la-prima-pan-sindemia/

CARE COLLECTIVE, The. The care manifesto the politics of interdependence. [S.l.]: Verso, 2020.

CASELLI, D. Esperti: come studiarli e perché. Bologna: Il Mulino, 2020.

CAVICCHI, I. Il riformista che non c'è: le politiche sanitarie tra invarianza e cambiamento. Bari: Dedalo, 2013.

COOTE, A. (2021) Universal basic services and sustainable consumption, Sustainability: Science, Practice and Policy, 17:1, 32-46,

COPPOLA, F. S.; CAPASSO, S.; RUSSO, L. Profili evolutivi del SSN Italiano: analisi e sintesi della produzione normativa dal 1978 ad oggi. In: XX Conferenza della Società Italiana di economia pubblica, Università di Pavia, Pavia, 2008.

DANIELS, N. Resource allocation and priority setting. In: Public health ethics: cases spanning the globe, 2016, 61-94.

DELEUZE, G. Desert Islands: and Other Texts, 1953-1974. (Semiotext(e) / Foreign Agents), 2004.

DELEUZE, G., GUATTARI, F., What is a minor literature?. Mississippi Review, 11(3), 1983. pp.13-33.

FOUCAULT, M. Microfisica del potere. Torino: Einaudi, 1977.

FREIDSON, E. Profession of medicine: a study of the sociology of applied knowledge. Chicago [etc.]: The University of Chicago Press, 1988.

GIORGI, C. Le politiche sociali del fascismo. In: Studi storici, 2014, 55.1: 93-108.

GIORGI, C. Rediscovering the roots of public health services. Lessons from Italy. openDemocracy, 24 March 2020. https://www.opendemocracy.net/en/can-europe-make-it/rediscovering-roots-public-health-services-lessons-italy/

GIOVANARDI, A. La riforma Sanitaria del CLN del Veneto. Rome: Edizione delle Autonomie, 1978.

GOFFMAN, E.; ONGARO BASAGLIA, F.; BASAGLIA, F. Asylums: le istituzioni totali. Torino: Einaudi, 1968.

ILLICH, I., et al. Disabling professions. London: Boyars, 1977.

MACCACARO, G. A. Medicina Democratica, movimento di lotta per la salute. Maccacaro GA. Medicina e Potere: per una medicina da rinnovare. Scritti, 1966, 1976.

MASSEY, Doreen. In what sense a regional problem?. Regional studies, 1979, 13.2: 233-243.

MUNIZ, H. P., et al. Ivar Oddone and his contribution to Worker's Health in Brazil. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 2013, 38.128: 280-291.

ODDONE, I.; RE, A.; BRIANTE, G. Esperienza operaia, coscienza di classe e psicologia del lavoro. Torino: G. Einaudi, 1977.

SEMPLICI, S. The right to health-care and the regionalization of the health-care system. In: Italian journal of pediatrics. BioMed Central, 2014.

TSING, A. L. Friction: an ethnography of global connection. Princeton : Princeton University Press, 2005.

Downloads

Publicado

2021-05-24

Como Citar

Graziano, V., & Fragnito, M. (2021). A medicalização da política ou a politização da medicina: o caso das lutas italianas no design de instituições públicas de saúde. DAT Journal, 6(2), 75–94. https://doi.org/10.29147/dat.v6i2.390