Ambientes e Produtos Homeodinâmicos: perspectivas e contribuições à saúde e ao bem-estar do ser humano
DOI:
https://doi.org/10.29147/dat.v5i4.290Palavras-chave:
Ambientes Arquitetônicos Homeodinâmicos, Ambientes Urbanos Homeodinâmicos, Produtos Homeodinâmicos Físicos e/ou Digitais, TransdisciplinaridadeResumo
Pela perspectiva da homeodinâmica (ROSE, 1998), os processos de regulação da vida, e o decorrente equilíbrio alcançado, se elaboram em um fluxo dinâmico e em contínua transformação, diferente da possível ideia de um equilíbrio fixo e imutável. Alinhado a esta perspectiva, está o conceito dos “Ambientes e Produtos Homeodinâmicos”, cunhado pelos cofundadores da Rede de Cooperação Transdisciplinar em Pesquisa e Inovação DASMind | UNICAMP [Design, Art, Space and Mind], também autores deste artigo. O referido conceito é sediado nos campos das artes, da arquitetura, do urbanismo, e do design, e parte de uma abordagem transdisciplinar e complexa, para compreender a concepção, o projeto, o planejamento, o desenvolvimento e a implantação de ambientes arquitetônicos e urbanos, bem como de produtos físicos e/ou digitais, em profunda sinergia com a esfera corpo-mente-espiritualidade dos indivíduos. Trata-se de assumir os ambientes e os objetos como importantes atores nesse contínuo e dinâmico processo de ajustamento interno do corpo. Como instrumentos homeodinâmicos, preventivos e restauradores da saúde e do bem estar, estes ambientes e produtos, para além de uma participação passiva na vida humana, são projetados para atuar de modo consistente e dinâmico sobre o organismo humano.
Downloads
Referências
BARROS, R.; KOWALTOWSKI, Doris C. C. K. Do projeto urbano ao detalhe construtivo: “A Pattern Language” finalmente traduzida. 2013. Disponível em: https://www.vitruvius.com. br/revistas/read/resenhasonline/12.137/4734. Acesso em: 22 jun. 2020.
BEAR, M. F; CONNORS, B. W; PARADISO, M. A. Neurociências - Desvendando o sistema nervoso. São Paulo: Artmed., 4a edição, 2017.
CAVALCANTI, P. B.; AZEVEDO, G. A. N.; DUARTE, C. R. Humanização, imagem e caráter dos espaços de saúde. Cadernos PROARQ, Rio de Janeiro, v. 11, p. 7-10, 2007. CANNON, W. B. Organization for Physiological Homeostasis, Physiological Reviews 9:339- 443, 1929.
DAMÁSIO, A. R. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos sentimentos. Tradução: Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
DAMÁSIO, A. R. E o cérebro criou o Homem. Tradução: Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia da Letras, 2011.
DUARTE, C. R. Ambiência: por uma ciência do olhar sensível no espaço. In: THIBAUD, J. P.; DUARTE, C. R. (orgs.). Por une écologie sociale de la ville sensible: ambiences urbaines en partage. Genève: MetisPresses, v. 1, 2013.
FARIA, B. A. C.; ZUANON, R. Architecture-Neuroscience cooperation: project recommendations to therapeutic gardens design for the non-pharmacological treatment of individuals with Alzheimer’s disease. Lecture Notes in Computer Science, v. 11582, p. 181-199, 2019. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-030-22219-2_14
FERREIRA C. L. A obra de design brasileiro dos Irmãos Campana sob o olhar das relações complexas. Campinas, Brasil: Tese de Doutorado, Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP, 2011.
FERREIRA C. L. O design contemporâneo brasileiro e sua complexidade. Águas de São Pedro: Livronovo, 2014.
FERREIRA, C. L.; LONA, M. T. ; CHIMIRRA, V. . Irmãos Campana: A concepção projetual no design brasileiro. In: Luisa Paraguai; Rachel Zuanon. (Org.). Design, Arte e Tecnologia - DAT 9. 1ed. São Paulo: Rosari, v. 1, p. 31-49, 2014.
FREIRE, R. A.; MONTEIRO, E. Z. ; FERREIRA, C. L. . Challenges of Open Design - from theory to practice. DAT Design, Art & Technology, v. 3, p. 353-391, 2018. KOHLSDORF G.; KOHLSDORF, M. E. Ensaio sobre o desempenho morfológico dos lugares. Brasília: FRBH, 2017. DOI: https://doi.org/10.29147/dat.v3i2.96
KOWALTOWSKI, D. C. C. Aesthetics and Self-Built Houses: an Analysis of a Brazilian Setting. Habitat Internacional [s.l.], v. 22, n. 3, p. 299-312, 1998. DOI: https://doi.org/10.1016/S0197-3975(98)00005-8
LEGATES, T.; FERNANDEZ, D.; HATTAR, S. Light as a central modulator of circadian rhythms, sleep and affect. Nat Rev Neurosci 15, 443–454, 2014. DOI: https://doi.org/10.1038/nrn3743
LEITNER, A. D.; PINA, S. M. Arquitetura sob a ótica da humanização em ambientes de quimioterapia pediátrica. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 20, n. 3, p. 179-198, jul./set. 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/s1678-86212020000300424
LUKIANTCHUKI, M. A.; SOUZA, G. B. Humanização da arquitetura hospitalar: entre ensaios de definições e materializações híbridas. Arquitextos, [s.l.], v. 118, n. 1, mar. 2010. Disponível em: https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/10.118/3372. Acesso em: 14 jul. 2020.
MALARD, Maria Lúcia. Os objetos do quotidiano e a ambiência. 2º Encontro Nacional de Conforto no Ambiente Construído, v. 2, p. 359-361, 1993.
MONTEIRO, E. Z.; TURCZYN, D. T. The five categories of solá-morales as a legacy for reading the urban landscape. Architecture, City and Environment, v. 12, p. 73-90, 2018. DOI: https://doi.org/10.5821/ace.12.36.4791
MORIN, E. La tête bien faite. Repenser la réforme - Réformer la pensée. En Collection “Ĺ Histoire Immediate”. (pp.18). Paris: Éditions du Seuil, 1999.
MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, 2005.
PALLASMAA, J. A imagem corporificada - imaginação e imaginário na arquitetura. Porto Alegre: Bookman, 2013. POL, E. Seis reflexiones sobre los procesos psicologicos en el uso, organizacion y evaluacion del espacio. In: Amérigo, M.; Aragonés, J.I. &. Corraliza, J. (Orgs.), El comportamiento en el medio natural y construido. Badajoz: Junta de Extremadura, 1992.
ROSE, S. Lifelines: Biology beyond Determinism. Nova York: Oxford University Press,1998.
SANTOS, F. C.; PIMENTEL L. C. Manual do Estilo de Vida. São Paulo: nVersos, 2020.
SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana: uma abordagem integrada. São Paulo: Manole, 2a edição, 2003.
THIBAUD, J.P. (2004). O ambiente sensorial das cidades: para uma abordagem de ambiências urbanas. In E.T. Tassara; E.P. Rabinovich; M.C. Guedes (Orgs.). Psicologia ambiente. SP: EDUC.347-361.
TUAN, Y. F. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. São Paulo: DIFEL, 1980.
TUAN, Y. F. Paisagens do Medo. São Paulo: Unesp, 2005. ZUANON, R.; OLIVEIRA, M. R. DA S.; FERREIRA, C. L.; MONTEIRO, E. Z. Memória, emoções e sentimentos: impactos na percepção espacial e afetiva da área urbana central de Campinas. DAT Journal, v. 5, p. 4-21, 2020. DOI: https://doi.org/10.29147/dat.v5i1.166
ZUANON, R. Z; FERREIRA, C. L.; MONTEIRO, E. Z.; S.; BERNARDINI, S. P. Architecture in mind: elderlys affective memories and spatial perceptions of a downtown area. Lecture Notes in Computer Science, v. 1, p. 1, 2019.
ZUANON, R.; FARIA, B. A. C. Landscape Design and Neuroscience Cooperation: contributions to the non pharmacological treatment of Alzheimer’s disease. Lecture Notes in Computer Science, p. 353-374, 2018. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-319-91397-1_29
ZUANON, R. Bio-Interfaces: designing wearable devices to organic interactions. In: Anna Ursyn (Org.). Biologically Inspired Computing for the Arts: Scientific Data through Graphics. Pennsylvania: IGI Global, p. 1-17, 2011. DOI: https://doi.org/10.4018/978-1-4666-0942-6.ch001
ZUANON, R. Designing Wearable Bio-Interfaces: Transdisciplinary Articulations between Design and Neuroscience. Lecture Notes in Computer Science, v. 8009, p. 689-699, 2013. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-642-39188-0_74
