The pleasure of the image after the Last Men
DOI:
https://doi.org/10.29147/dat.v4i3.142Keywords:
imagem, arte, tecnologia, designAbstract
Pirandello parece opor o prazer da arte e o prazer da vida: o primeiro seria ilusório e fictício, tal como o teatro ou a imagem, o segundo estaria em perigo pois, segundo o dramaturgo, quem compreende a ficcionalidade da arte, descobre imediatamente aquela da vida: o disparate da vida, devido à ausência de sentido, à impossibilidade de responder as questões “Por quê?, “Como? e “Que vida?, uma vez que a vida não é única, mas própria a cada indivíduo — A Cada Um a Sua Verdade, título de uma peça de Pirandello — e, sobretudo, criada espontaneamente na inquietação específica própria a cada um dos seres humanos. De onde alguns extraem o prazer! Prazer
fundado numa ilusão — para Corneille, ilusão cômica, para muitos outros, ilusão barroca2: daí o descrédito do prazer para Pirandello, prazer que nunca remete à uma realidade fixa, e sim à uma imagem e a um imaginário em transformação. Daí, na linha de L’Ecclésiaste, a desconstrução do prazer da imagem, “vaidade das vaidades’’. “Que vaidade a da pintura — dizia Pascal —, que suscita nossa admiração devido a uma semelhança de coisas cujos originais nós desprezamos!”.
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References
2 Cf. François Soulages, Barroco & interface e arts hybridas, (dir.), Salvador, Cultura visual, 2006.
3 Pascal, Pensées, classement Léon Brunschvicg, Paris, Livro de bolso, 1972, n° 134.
4 Op. cit. , n° 240.
5 Nietzche, Ainsi parlait Zarathoustra (1883-5), in OEuvres, Paris, Flammarion, Mille et une pages, 2000, p. 335.
6 Cf. François Soulages, D’une esthétique de la photographie vers une esthétique de l’image, Saint-Denis, Université Paris 8, 2000, ch. 2..
7 Cf. François Soulages, O sensivel contemporâneo, (dir.), Salvador, UFBA, 2011.
8 Cf. François Soulages, Estética da fotografia, São Paulo, Senac, 2010, ch. 7, 3.2. et ch. 8., 1.1.
9 Cf. François Soulages, De la photographie au post-digital. Du contemporain au post-contemporain (codir.), Paris, L’Harmattan, collection Eidos, série Photographie, 2017 et Pratiques et usages numériques, (codir.), Paris, Lavoisier, 2013.
10 Cf. François Soulages, Création (photographique) en France, Toulon, Musée de Toulon, 1988.
11 Cf. François Soulages, Malraux, le passeur de frontières, (dir.), Paris, L’Harmattan, collection Eidos, série Littérature, 2015.
12 Cf. François Soulages, Estetica da fotografia, Sao Paulo, Senac, 2010, ch. 12, 2.
13 Cf. François Soulages, Le corps-internet, Sofia, Editions Ciela, collection Liber Liber, 2014, Dialogues sur l’art & la technologie, Autour d’Edmond Couchot, (dir.), Paris, L’Harmattan, 2001 et Egonline. Du selfie, (codir.), Paris, L’Harmattan, collection Eidos, série Photographie, 2017.
14 Cf. François Soulages, Dedans/Dehors, Paris, Faut Voir, 1984, L’alphabet indien, Aubervilliers, La Maladrerie, 1986., Moments éphémères, Paris, Argraphie, 1988.
15 John Le Carré, Le tunnel aux pigeons, Paris, Seuil, 2016, p. 17.
16 Cf. François Soulages, L’homme qui rêve, (codir.), Paris, L’Harmattan, coll. Eidos, série Philosophie, 2015 et Les frontières des rêves, (idem).
17 Cf. François Soulages, Photographie et inconscient, (dir.), Paris, Osiris, 1986.